Polvorosa
Ventos mudaram o caminho
E as nau atingem o hermoso litoral
do aroma de liberdade o ninho
O povo bem vestido desce
O nu aparece
Tudo foi polvorosa
O industrioso mudou o caminho
Sua Majestade chegou fugindo
abriu as portas, saiu e deixou-as abertas
Filho e Neto tentaram a casa arrumar
Mas, temendo garradas que não as de bar
fugiram para além-mar
Tudo era polvorosa
O Velhinho mudou o caminho
Fez guerra, fez paz, teve carinho
Aos olhos do povo um herói
Aos da liberdade aquele que a destrói
Teve um descanso mas logo volta
Se revolta: atira em si mesmo e entra para a História
Tudo ainda era polvorosa
O Operário mudou o caminho
O povo viu o piá arrastado do ninho
Tudo continua polvorosa
Ontem, hoje, quem sabe sempre
Polvorosa
4 Comments:
Não posso ver um "sempre" em fim de texto que já acho que é apocalíptico.
Além disso, ficaram bem legais as rimas e o esquema de repetição. O Pitágoras estaria se coçando pra fazer uma pergunta sobre isso.
saber fazer poesia é lindo!
adorei!
demorou um tantao pra atualizar e nem avisou hein^?
Eu tenho um pônei, mas adoraria ter um polvo rosa! hã? hã? *mexendo os dedos*
hehehe :)
/me retardada
Acho que "polvorosa" eh uma das poucas palavras que eu nao sei se amo ou odeio. Naum parece que alguem ta dançando polca com ums saco de pólvora aberto?
Ai, viajei...
Bem, adorei o blog :)
bjs p tu
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